Sociobioeconomia ganha força no Sul da Bahia
- Comunicação ADR

- 11 de out.
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Atualizado: 27 de out.

Oficina territorial reúne múltiplas instituições para construção coletiva do Núcleo de Desenvolvimento da Sociobioeconomia da Mata Atlântica.
Representantes de povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, agricultores familiares, organizações da sociedade civil, instituições de ensino e órgãos governamentais participaram, em Ilhéus, da Oficina Territorial para discussão da proposta do Núcleo de Desenvolvimento da Sociobioeconomia da Mata Atlântica. A atividade integra um conjunto de ações coordenadas pela Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) Sul da Bahia, apoiada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), UK Pact, Instituto Arapyaú, Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, The Nature Conservancy (TNC) e CEBDS.
O diagnóstico territorial mapeou 86 instituições, sendo 70% delas com atuação direta em sistemas agroflorestais. A partir desse levantamento e da escuta de diferentes segmentos locais, foi realizado o encontro, que reuniu 53 participantes para debater os principais desafios e oportunidades da sociobioeconomia regional — entre eles, sustentabilidade financeira, infraestrutura e acesso a crédito e mercados.
“O Núcleo segue em construção coletiva, e esta etapa de escuta é essencial para validar propostas, aprimorar o desenho institucional e definir prioridades para o fortalecimento da sociobioeconomia no sul da Bahia”, destaca Mariana Sales, secretária-executiva da ADR Sul da Bahia.
Com a sistematização dos resultados já concluída, os próximos passos incluem uma nova rodada de consultas via formulário e uma sessão devolutiva, que reunirá os participantes para apresentar os dados consolidados, críticas e recomendações levantadas nas etapas anteriores.
Reconhecido pelo Governo Federal como um dos Territórios da Sociobioeconomia (TSBio), o Sul da Bahia é considerado estratégico para a agenda nacional da bioeconomia, por abrigar uma ampla diversidade de povos e comunidades tradicionais e por sua forte base agroflorestal — com destaque para a produção de cacau, banana, cupuaçu e outras frutas nativas.
Com essas iniciativas, o Sul da Bahia dá mais um passo para transformar a sociobioeconomia em prática cotidiana. O território, que combina tradição, biodiversidade e inovação, vem se consolidando como um laboratório vivo de soluções sustentáveis, onde o manejo da floresta e a geração de renda caminham juntos, guiados pelos saberes locais e pela força das comunidades que o compõem.




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